Daniel: Como eu passei 4 anos fora da
banda, eu tenho uma carga imensa de outros projetos que tive e ainda tenho no
momento. Por exemplo, tem o Rock Attack, onde toco covers, fazemos shows muito
grandes, de 30 ou 35 músicas e é uma banda onde eu tento sempre não tirar os
solos, improvisar bastante, mudar algumas coisas, eu coloco muito minha mão,
minha personalidade nisso. E eu também tenho um outro projeto de músicas que
são totalmente minhas, puxando pro blues, folk rock. E estou vendo para seguir
toda uma linha de improviso também, estou vendo do Pablo acompanhar também esse
projeto. E isso vai melhorar muito o nosso entrosamento, pois uma banda de
improviso tem que ter muito isso e é bom porque você tira toda sua cabeça dali
e refresca um pouco e as vezes isso nos traz novas ideias totalmente diferentes
e podemos usar isso na banda principal, que é o Livin.
Krug: Eu tenho um projeto paralelo,
que é o Rejection Pantera Cover. Ele me ajuda bastante pois o Gabriel toca
nele também, então o entrosamento de baixo e bateria melhoraram bastante. E
fisicamente falando é bom para manter em forma, e isso ajuda também nos shows
do Livin Garden (risos). E ter bandas paralelas é muito bom, ajuda muito, todos deveriam
ter pelo menos duas bandas. É como o Daniel falou, você tira sua cabeça dali
por um tempo, toca outros tipos de música, viaja um pouco e depois volta com
inspirações.
Pablo: Bem, eu tenho apenas o Livin
Garden por enquanto, espero que dê certo o projeto com o Daniel.
Gabriel: Assino embaixo do que o Krug
falou (risos).
Vocês têm alguma superstição na hora
de compor ou ensaiar?
Daniel: Três pulinhos e um gole de
cachaça. (risos)
Gabriel: Bem, não temos, eu só tento
não me prender muito nas minhas influências. E o que eu acho muito importante não complicar demais, porque eu acho que as maiores musicas
do mundo são as mais simples, tipo Smoke On The Water, Paranoid, etc. Eu acho que é isso o legal, é não complicar demais, queremos atingir o maior número de
pessoas, que você possa se comunicar e se relacionar com as pessoas com a
música. Então é isso que eu penso quando vou compor. Se eu curto o riff e me
faz balançar a cabeça no estúdio ou numa sala, onde quer que eu esteja
compondo, é aquilo.
Vocês não ouvem nenhum tipo de música
por algum tempo antes de compor?
Daniel: Não. A composições do Livin
não são algo planejado, programado. As coisas surgem, eu crio riffs dentro do
ônibus indo pra algum lugar. Daqui a pouco vem algum negócio na minha cabeça e
eu começo a pensar “meu deus, onde vou anotar isso?” (risos), depois eu chego
em casa e pego o violão e começo a mudar até ficar de um jeito que me agrade, mas nós não montamos um pentagrama e ascendemos velas (risos).
Como é o relacionamento com o fãs?
Gabriel: Eu gosto bastante de quem
gosta da gente (risos). Principalmente porque essa é uma outra percepção que eu tive
com o passar dos tempos, não só os fãs, mas vários amigos ou parceiros que
trabalham com o rock ou com música, independente de estilos ou lugares, que
apoiam nosso trabalho e nosso som que a partir de uma horas eles começam a
pargutnar certar coisas da banda e você tem que responder, você se sente
responsável, e depois de um tempo eu percebi que Livin Garden não era mais só
nós quatro, então tem muito mais gente que participa, que apoia e quer que a
gente cresça, quer ver a gente crescer do mesmo jeito que nós queremos. Então,
cara, fazem toda a diferença, se não for esse pessoal pedindo set list e
pedindo pra autografar depois, comprando CD, camiseta, indo em show, teve uma
vez que um cara agradeceu pelo show que ele tinha visto, então essas coisas são
o que nada no mundo paga.
Daniel: Tem um filme que conta a
historia do Arnaldo Batista e, enfim, no final do filme tem um comentário que
diz “um artista se alimenta de reconhecimento”, então, cara, no instante em que
você sobe no palco você tem todo aquele nível de entrega, você está abrindo uma parte
de você, você está manifestando algo de dentro do seu interior, então se não há
um reconhecimento o negócio não está totalmente certo. É recíproco. O
cara chega e diz “nossa, o show de vocês foi animal!”, claro, essa pessoa
levanta minha alto estima. Mostra que realmente a galera ta curtindo, é o que
te alimenta ali. Não tem como falar mal de uma pessoa desssas. Um show sem
plateia não é um show, é um ensaio.
Krug: De uns tempos pra cá, bem, eu
não estou desde o começo na banda, eu notei que a quantidade de pessoas que tem ido sempre nos nosso shows tem aumentado. A galera vai mesmo, quer ver as musicas
novas, quer saber o que ta rolando, quer falar com a gente depois. Poxa, você
está numa banda de som próprio, é bom receber isso. E são pessoas que nós não
conhecemos, não são amigos que vem pedir autógrafo porque são brothers, são
pessoas que você nunca viu na vida e isso aí é o que paga nosso cachê, é muito
legal. Então nosso relacionamento com os fãs é muito bom, somos muito
agradecidos pelo apoio. Então é pensando neles que nós queremos fazer uma camisa
mais legal, um clipe em HD, um CD bem gravado, sempre vamos tentar mandar o
melhor pra eles. Tem gente que borda atrás de jaqueta (risos), que compra CD e
tudo mais, bem, isso é o que move o Livin Garden.
//Sanctus
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