Livin Garden - Entrevista (Pt. 3)

Como está sendo as produções e a composição para o próximo CD?
    Gabriel: Já temos 7 músicas prontas, no mês que vem vamos gravar algumas para ver como está ficando. Depois é ir pro estúdio e gravar o CD.
Me fale um pouco sobre a história por trás das duas músicas novas, Bring it On e Sing My Soul, que vocês apresentaram no último show.
    Krug: Bring It On é uma nova antiga. Foi a terceira música que fizemos, o Danie tinha acabado de voltar.
    Gabriel: Essa música começou a sair mesmo ano passado e a mensagem da música é basicamente: “posso fazer o que quiser e ninguém vai me parar”, por isso “bring it on”, manda ver. (risos) E Sing My Soul a letra que eu escrevi é sobre estar distante de alguém que você gosta e é como uma mensagem: “não importa por quanto tempo eu esteja longe, vou lembrar de você e espero que se lembre de mim.” 
    Krug: E Sing My Soul foi uma música que fizemos muito rápido, em duas semanas ela estava pronta. Claro que tinha que lapidar os detalhes, mas foi uma das mais rápidas depois que o Daniel voltou.
Existe algum assunto em especial sobre o qual vocês gostem de compor?
    Gabriel: Um tema assim... acho que gostamos de falar de curtir, de fazer festa ou alguns temas da vida, do nosso cotidiano, situações que qualquer pessoa possa passar, para que todos possam se relacionar. Não gostamos de falar de política, se você quer falar de política, vá ser político. 
Quais as experiências que a turne pelos EUA trouxe para vocês?
    Gabriel: Aprendemos por quanto tempo podemos ficar sem tomar banho! (risos)
    Krug: Agente aprendeu à ser uma banda de verdade. Eramos só nós 4 o dia todo, sem pai, mãe, namorada, tinhamos que viajar 600 kilômetros por dia, atravessar estados, enfrentar temperaturas abaixo de zero, chegar no lugar, montar todo o equipamento, não tinha ninguém para ajudar. Só tem amplificador e microfone, você tem que levar todo o resto. Então a gente montava, a gente que carregava isso. Então depois de um puta show nós desmontávamos tudo, entrava no ônibus. Então eu acho que a gente voltou de lá uma banda de verdade, essa foi nossa maior lição e o profissionalismo que você tem que ter lá, para fazer tudo isso. Lá os caras sabem o que estão fazendo, eles têm cuidado com o negócio, sempre têm um lugar para os músicos ficarem, você vê que eles se preocupam com isso. Então nós aprendemos a ser mais profissionais. Montar essas coisas sem se enrrolar, saber o que está fazendo, nós mesmo vendiamos o merchandise. Foi ser uma banda de verdade 100% do tempo.
    Daniel: Bem, eu não fui pros EUA, mas ouço o pessoal falanado bastante isso e que valeu muito a pena foi perceber que existe uma luz no fim do túnel, ouvir no rádio um som bom, coisa nova, perceber que existe, fora da nossa cidade, do nosso país, algo acontecendo lá. Existe um terreno pra agente, existe um paraíso lá. (risos).
    Gabriel: Eles tem um respeito muito grande, tem um espaço pra gente. Eu ahco que musicalmente a gente se conheceu bem mais, convivendo, passando todos os dias juntos e tocando direto, era todo dia música, todo dia um instrumento. Agora eu já sei mais ou menos o que cada um vai vir à fazer em uma música nova que eu escreva, o que eles vão achar, o que gostam e o que não gostam, conhecemos os limites e as possibilidades uns dos outros e isso é muito importante pra uma banda.
Pretendem fazer uma tour nacional?
    Daniel: Seria bem legal.
    Krug: Seria bacana, mas, honestamente, não é algo que temos entre as prioridades. Lá nos EUA foi dificil, eu acho que aqui também é, mas com uma estrutura pior e um público que não vai entender. Então eu ahco que se é para nós caçarmos trabalho, vamos pra um lugar onde somos mais reconhecidos, lá eles tem muito mais interesse, recebemos emails de produtores de lá querendo que façamos outra turnê. Aqui agente já cansou de mandar pacote promocional pra tudo quanto é lugar do Brasil e ninguém respondeu. Nós não podemos bancar uma turne do nosso bolso aqui dentro do Brasil, sendo que pros EUA nós fomos e ganhamos com isso.
    Daniel: Quando nos perguntam qual a dificuldade de crescer no começo é por quê ninguém quer saber quem somos, aqui em Curitiba ainda existe algum interesse, mas para o resto do Brasil, como São Paulo, Rio, o pessoal ta feliz com suas bandas locais e eles não têm a menor vontade de saber quem é Livin Garden. Esse é um grande desafio aqui no Brasil.
    Krug: Nós somos bem realista, é muito mais dificil, o nível de alcance é muito maior lá fora.


//Sanctus

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Visitas

Tradutor

Destaque

Like us on Facebook

Parceiros