Gabriel: Eu não lembro direito do por que do conceito do nome (risos), mas lembro de que um dos motivos foi que "Livin
Garden" é um nome muito sonoro, é fácil de falar, fácil de escrever. A ideia bem
no começo era fugir de todo o clichê do Rock e do Heavy Metal. Não usar
“blood”, “shadow”, essas coisas que todos usam. Além de ter um logo diferente,
não cheio de pontas, prático, aqueles que quando você coloca em um cartaz
de algum festival de banda todos olhem e digam: “olha lá o Livin Garden”. E
é isso que acontece até hoje, por isso é verde limão (risos), para chamar
atenção. Eu acho “Garden” um nome muito legal, escolhemos o “livin Garden”,
pois já sabíamos que queríamos algo com “garden” no nome, “Alguma coisa Garden”,
ai acabou ficando legal.
Como está sendo a repercussão do CD? Tanto nacional como internacionalmente.
Gabriel: Boa, muito boa! Por sermos uma banda não tão grande, acho que estamos conseguindo atingir muita gente, tem
alguns do Brasil que vem falar conosco, mas nos EUA é gritante. Pelo menos uma
vez por semana aparece alguém novo trocando uma ideia com a gente.
Perguntando de música e banda, sendo pessoas que foram aos shows quando estivemos lá,
ou não, conheceram-nos depois. Só temos crescido em termos de
popularidade, até por que o CD está no Itunes e na Amazon, você consegue achar nas
lojas aqui em Curitiba e em São Paulo, em algumas partes dos EUA, o som está bem
acessível em todos os lugares.
Daniel: Eu que acabei de voltar para a banda, estou vendo tudo de dentro e teve uma grande evolução. Eu
tinha saído no meio da gravação e voltei com o CD lançado e para mim tudo isso é assustador.
Pensar que estou tocando em um show, cantando músicas que eu ajudei a compor e
no final do show as pessoas compram o CD, pedem autógrafos. Muitos já vieram
falar depois comigo que conheceram a banda nos shows e compraram o CD e falam que escutaram o CD o dia inteiro e que as músicas ficaram na cabeça! É assustador, mas acho que é um bom sinal! (risos)
Como é tentar crescer em um cenário tão limitado como o brasileiro?
Daniel: É foda (risos).
Krug: Como o Gabriel me disse uma vez, é muito fácil nós pensarmos que não tem espaço que não tem lugares para tocar. Preferimos ir atrás, fazer o
espaço. A ideia é que se dizermos que tudo é horrível e difícil de fazer, nada
da certo. Procure os meios, vai lá, faça! Até hoje fizemos tudo na raça mesmo,
ninguém fez nada por nós, cavamos o nosso espaço, ninguém veio bater na nossa
porta. Então eu acho que não tem que se falar que é difícil, é ruim. Tem que
correr atrás. Tem que fazer acontecer, ninguém fará isso por você. Não existe isso
de um cara ir ao show e no dia seguinte você assinar um contrato com uma
gravadora.
É mais fácil crescer aqui no Brasil ou lá fora?
Gabriel: Acho que no exterior, pois no Brasil não tem uma “cultura rock”. Como tem nos EUA e em alguns países da
Europa. Quando fomos para os EUA viajávamos o dia todo ouvindo só o rádio, e
existiam várias rádios de Heavy Metal. Você ouvia “Master Of Puppets” inteira no
rádio ou o lançamento novo do Disturbed. Todo o lugar para o qual você ia tinha
alguma referência Rock N Roll. Por isso é mais fácil crescer por lá, mandar o
nosso trabalho para lá, se não conseguirmos por lá, não conseguiremos por aqui.
Quais foram as dificuldades de se começar a divulgar o Livin Garden?
Gabriel: Todas! Não sabíamos o que fazer.
Daniel: Ninguém nos conhecia. (risos)
Gabriel: O problema de se criar uma banda é que ninguém está nem aí para você, então você tem que atormentar a
galera, dizendo que o som é bom e que vale à pena. O mais difícil é fazer algo
direito. Muitas pessoas preferem ouvir uma gravação mais ou menos, já que
hoje poucos compram CD, ou um clipe mais ou menos já que não passará na
televisão, e isso não é o que fazemos. Queremos fazer um clipe top, um CD top, pois é
horrível quando você escuta um CD mal gravado onde não dá pra se ouvir o que
o cara está cantando. Você quer curtir a música, mas o CD não deixa.
Então pegamos e fizemos uma gravação boa com músicas legais, assim o pessoal
vai curtir o CD.
:Nós lidamos com entretenimento, ou seja, nosso objetivo final é entreter a galera, é gerar satisfação,
produzir o material com o qual as pessoas ouçam e se identifiquem; então o objetivo
não é ficar rico e famoso. O bacana é você chegar lá para poder fazer um produto
ainda melhor para a galera curtir mais. É ter os meios de se produzir algo
melhor.
//Sanctus
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