Como vocês se conheceram?
Nos
conhecemos durante audições de um curso de música que frequentávamos em
Niterói. A banda então formada era composta naquela época por Tiago
Abud, Daniel Abud, Airton Silva - integrantes que continuam na banda
atualmente - além de João Artur, que deixou o
grupo posteriormente.
The
Knutz passou por diversas formações ao longo dos anos.
Atualmente,
os integrantes são: Tiago
Abud (baixo), Daniel
Abud (guitarra e voz), Airton
Silva (bateria) e Ronaldo
César (teclado)
Qual o significado do nome da banda?
Na
verdade, não tem significado. A princípio, o nome era "Nuts", que
significa pirados, malucos em inglês. Mas achamos que não tinha nada a ver
conosco.
Contudo,
como acabamos nos acostumando com ele, ao menos com o modo como
soava, resolvemos acrescentar a letra "K" e trocar o
"S" pelo "Z" para que não tivesse nenhum significado
além da própria banda.
Quais as maiores influencias de vocês? Como é misturá-las em suas músicas?
Quais as maiores influencias de vocês? Como é misturá-las em suas músicas?
Nos
inspiramos sobretudo em bandas como Bauhaus, Specimen, David Bowie,
The Cure, Depeche Mode, U2, Sex Pistols, The Clash, Buzzcocks e outros. Mas
sempre estamos atentos, escutando um pouco de tudo para expandirmos as
possibilidades quanto às composições das músicas.
O visual de vocês chama atenção, em que ele foi inspirado?
Inspiramo-nos
nas bandas citadas e na estética do movimento expressionista alemão.
Como foram as gravações do CD?
Quando
fomos gravar, já tinhamos composto tudo praticamente. Só tivemos o trabalho de
modelar algumas coisas, mudar um efeito de teclado aqui e ali, mexer na
linha vocal da segunda voz, encurtar uma música ou outra... E tivemos uma
grande ajuda do Bruno Marcus com essa produção do álbum. Ele além de
gravar e mixar o CD em seu estúdio Tomba Records em Niterói, ele nos deu vários
toques quanto aos arranjos. Tivemos ainda o auxílio de Luciana Lazulli, que
foi indispensável ao desenvolvimento das linhas vocais. "Ghost
Dance Party" ainda foi masterizado por Ricardo Garcia no estúdio Magic
Master no Rio. E estamos muito contentes com o resultado.
Como está sendo a repercussão do CD?
Estamos
trabalhando em parceria com o selo independente alemão AF Music quanto à
distribuição do álbum, e essa parceria já rendeu diversas resenhas e
entrevistas em revistas e rádios europeias. Felizmente, a opinião dos
críticos revela bastante satisfação para com álbum. Quem tiver
interessado em adquirir o material da banda, é só acessar o site www.theknutz.com
É mais fácil crescer nacionalmente ou internacionalmente? Por quê?
Bem,
no nosso caso, acho mais fácil crescermos internacionalmente, pois optamos por
cantar em inglês na maior parte das músicas. É claro que há pessoas no Brasil
que curtem a nossa música e que procuram entender o que queremos transmitir com
as letras. Mas de um modo geral, a aceitação do público
de língua inglesa é mais evidente.
Falem um pouco das experiencias que vocês adquiriram na turne européia.
Posso
dizer que viajar para outro continente por si só já foi muito enriquecedor para
cada um de nós, pois ficamos por nossa conta num país de língua, clima
e cultura diferentes do nosso. Felizmente, fomos muito bem
recebidos lá pelos produtores, Loris e Spider, que nos acolheram em
sua residência e ofereceram uma produção de qualidade nos eventos que
participamos.
Quais as dificuldades que vocês encontraram nesse início?
Bem,
as dificuldades são das mais diversas. Tudo começa com um investimento inicial
quanto aos equipamentos, gravação e divulgação, e que à princípio não é
justificado. Há muita descrença e aquela sensação de que as coisas
não vão fluir... É muito complicado continuar um projeto sem
ter uma garantia inicial financeira. Tivemos que ter certeza de que era
aquilo o que queríamos fazer para podermos seguir em frente.
Um
outro ponto é que a banda tem que exercer um papel além daquilo que um
artista simplesmente deveria fazer. Digo, além de manter uma rotina com ensaios
frequentes e composição de músicas, o grupo tem que administrar o projeto. Por
vezes já tentamos trabalhar com produtores independentes, mas é muito
complicado achar alguém no mercado que transmita confiança e credibilidade
neste sentido.
Além
disso, tem a questão da identidade. Como fazer para se destacar perante outras
bandas? O jeito de se vestir, de se comportar sobre o palco, era algo em que
não prestávamos muita atenção. No entanto, com o tempo, vimos como nos
desenvolver dessa forma e adquirir uma identidade que se encaixava com a nossa
música.
O que vocês acham da cena punk nacional?
Bem,
temos influências punks no nosso som, mas não estamos inseridos na cena punk
nacional. Nada podemos falar sobre isso.
Mas
podemos falar sobre a cena de rock nacional como um todo. E o que vemos aí
é o surgimento de um número cada vez maior de bandas, devido ao avanço das
tecnologias quanto à informação e a facilidade de gravação e divulgação.
Hoje em dia, qualquer pessoa pode ter uma banda. E isso é positivo por um lado.
Mas o que observa-se é que não há apoio nem incetivo à
cultura suficientes por parte do estado para com essa demanda toda de
bandas. Em outras palavras, isso resulta numa grande maioria de bandas de
pouca qualidade e sem lugar para tocar.
Um
outro problema é a questão dos covers. Há muita banda em atividade que só toca
cover e uma ou outra música autoral apenas. E infelizmente, culturalmente,
o público brasileiro se acostumou a dar mais valor a esse tipo de banda do que
às bandas inteiramente autorais, como é o nosso caso. E isso representa uma
concorrência muito forte que só atrapalha a difusão dos verdadeiros artistas
que são aqueles que criam.
Quais os projetos futuros pro The Knutz?
Estamos
produzindo alguns clipes que devem ficar prontos num futuro próximo.
Além
disso, estamos compondo músicas para o próximo álbum. E posso
afirmar que já estamos com a maioria delas fechadas, prontas para a
gravação. Não tenho idéia da previsão de quando o álbum ficará pronto, mas esperamos
começar a gravar ainda este ano.
//Sanctus
//Mamede
Wow! O som deles é demais! Adorei a entrevista! Meninos, vocês são gatos!
ResponderExcluir