Dissonant Nightmare - Confira entrevista exclusiva com os integrantes


De onde surgiu a ideia da Dissonant Nightmare?
    Vikki: O “DN” é resultado da persistência e da esperança em nome de mais que um sonho, uma razão de viver. Quando aos 17 anos eu percebi que meu tesão pela música crescia a cada dia e que eu não queria fazer toda a grana que eu tinha gasto em ensaios até então ser em vão, montei o projeto, que já mudou de nome três vezes e de formação algumas mais. 
Como os integrantes se conheceram?
    Vikki: Eu já conhecia a Liz havia uns 2 anos, por internet - nos conhecemos pela comunidade do Crashdiet no Orkut, na época. Cada qual tinha sua própria banda, até que um dia, após mais uma frustação com formação frustrada, resolvi chamá-la pra cantar na minha banda. Ela topou e, de quebra, trouxe o Rod - que era amigo de escola dela – de um de seus projetos. O Flamme encontrei numa página de anúncios de bandas, também na internet. 
Como você se envolveu com música e quais suas principais influências?
    Vikki: A culpa foi toda da minha mãe, na verdade. Eu ouço música desde muito cedo, mas foi aos 14 que ela me pôs, a muito contragosto, pra falar com o namorado de uma prima que tocava violão e ele começou a me dar uns toques. Comecei a me interessar pela coisa e deu no que deu. Eu ouço muito coisas que não tocam com frequência por aí e tenho profunda aversão pelo mainstream. Posso até gostar de uma banda, mas se ela começa a correr na boca do povo e banaliza, eu acabo enjoando. Ouço desde música erudita até músicas experimentais exóticas, muita coisa mesmo.
    Lizzie: Sempre curti rock e guitarra, mas só fui aprender com 17 anos, quando entrei pra esse mundo. (risos)
    Rod: Me envolvi com a musica aos 9, 10 anos ao ver o video clipe de "Run To The Hills" do Iron Maiden na televisão, foi paixão a primeira vista pela banda. Com o tempo, o estilo de tocar do Nicko McBrain foi me encantando, e resolvi que queria aprender a tocar bateria. E mesmo que existam tantos outros bateristas que me inspiram, como Robert Sweet, Tommy Lee e Rod Morgenstein, Nicko ainda continua sendo minha principal influencia até hoje. Alguns anos depois descobri o Stryper (minha banda favorita) que me "abriu as portas" para o Glam/Hair Metal, e por consequência, para o Sleaze tambem.
    Flamme: Meu pai e minha irmã são musicos, acho que minha paixão surgiu daí. Tive algumas aulas de violão com meu pai em 2004 e, 3 anos depois, eu comecei a gostar de rock e decidi estudar guitarra. Daí pra frente fui abrindo minha mente e posso dizer que hoje em dia os três músicos mais influentes para mim são Brian Setzer, Chris Cheney e Tomoyasu Hotei. Apesar de eles serem os principais, eu tenho influências de todos os tipos, Jazz, Blues, Country, Ska, Rockabilly, Hard Rock e por aí vai.
O que voce espera para o futuro da banda?
    Vikki: Viver dela. Uma quantidade razoavel de discos gravados, público em cada parte do mundo, agenda cheia e, principalmente, influenciar a vida das pessoas pro melhor. Fazer com que aqueles que se identificarem com nosso som (e que não sejam poucos) vejam como se pode ser feliz sendo roqueiro e levando uma vida sadia e consciente ao mesmo tempo.
    Lizzie: Eu espero que consigamos viver disso que gostamos, independente do retorno que tivermos, tanto em relaçao a fãs quanto grana. E seria lindo conseguir mudar desse país, assim como Vains Of Jenna mudou da Suecia pros EUA.
    Rod: Espero muito reconhecimento por parte do publico, pois o que fazemos é sincero e sempre procuramos dar às pessoas o nosso melhor.
    Flamme: Se tudo der certo, cair fora do Brasil. Eu amo o Brasil, mas acho o cenário musical atual daqui meio limitado. As pessoas não estão muito dispostas a ouvir coisas novas e originais. 
O que vocês podem adiantar do EP que está por vir?
    Vikki: Este primeiro EP será o “cartão de visita” da banda. Cada música tem uma sonoridade muito característica, que vai do Punk de garagem ao Rock fundido com Jazz, mostrando principalmente nossa versatilidade sonora.
    Flamme: Com certeza vai surpreender.  
Como é participar de uma banda de Rock em um país com tão pouco incentivo como o Brasil?
    Vikki: É complicadíssimo. Todos os recursos são mínimos e precários. Os incentivos são, em sua maioria, ridicularizantes e inacessíveis. As casas de shows pagam pouco, quando pagam, e é complicado achar algum produtor ou gravadora com disposição e interesse para investir nesse tipo de sonoridade num país em que sucesso é Axé, Pagode, Pop internacional e Funk de favela. Inclusive, a DN não tem intenção de se esgotar tentando alcançar o mercado nacional de primeira. Vamos para onde formos quistos. Se tiver de ser como Angra, Sepultura e Tuatha de Dannan, começar de fora para dentro, que seja.
    Lizzie: É difícil, mas é o que nós queremos. Nos irrita ver que as coisas funcionam dessa forma, mas uma banda não consegue mudar a situaçao sozinha. Falta incentivo de todas as partes para algo começar a mudar: governo, fãs, bares/casas de show, e até das proprias bandas. Estamos aqui pra tocar pro mundo as nossas musicas, com a nossa criatividade, mas tem gente que prefere copiar o outro do que fazer o seu próprio, por dar menos trabalho, e pessoas que, não sei o porquê, preferem contratar bandas covers pra tocar do que bandas de som próprio e, ainda pior, gente que prefere assistir a uma banda cover do que a uma de som próprio. É revoltante.
    Rod: É foda. Na verdade nem falta tanto incentivo assim, o que ferra mesmo é que aqui no Brasil, infelizmente, as pessoas tem tendencia a dar este incentivo muito mais para as bandas covers do que para bandas de som próprio. O grande esquema é usar a internet para espalhar o som pelo exterior, pois se dependermos apenas do Brasil estamos ferrados.
   Flamme: É muito difícil.  Aqui no Brasil não é só a música que sofre com esse problema, qualquer área da arte é complicada, o que eu acho uma pena, já que tem tanta gente com talento por aqui, mas infelizmente o negócio é tentar a sorte lá fora.

//Sanctus
//Mamede

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